Francisco nasceu em 1182, em cuja época os ideais eram prosperidade, carreira, influência e prestígio. Até os 21 anos, aproximadamente, viveu entre o trabalho no comércio, na vida boêmia e aventura militar. Pertencia a uma família rica, vivia em função do supérfluo, pensando nas riquezas e no prestígio social. Em 1202, estourou uma guerra entre a nobreza e a burguesia de Assis. Francisco, em seu sonho de conquistar o título de cavaleiro, alistou-se nessa guerra.
Os burgueses de Assis foram derrotados e Francisco foi feito prisioneiro. Em meio ao sofrimento na prisão, o jovem Francisco descobriu a verdade do Evangelho e ouviu Deus falar em seu coração. Passou a olhar o mundo com outros olhos e abriu mão de todos os seus bens, até mesmo do direito de possuir herança e começou a viver uma vida de radical pobreza para seguir Jesus Cristo. Buscou, então, ideais que não envelhecem, que não cansam, que duram para sempre e que satisfazem realmente o coração humano.
Optou por uma vida pobre e desprendida. Passou a sentir no seu interior, a sensação de ser olhado por Deus. Sentiu-se chamado a reconstruir a Igreja de Cristo, e aos poucos descobre que esta Igreja a ser reconstruída é o coração humano. Saiu então, a anunciar o amor de Deus para todos, sem distinção. Atraiu muitos seguidores, formando a ordem dos penitentes, com regras muito exigentes de acordo com o Evangelho.
Francisco tornou-se um homem de comunhão total, um homem de convivência simples com tudo e com todos.
Comunhão consigo mesmo: quem aceita suas limitações, considera-se pecador, simples criatura humana e vive como filho de Deus.
Comunhão com o universo: conversa com todas as criaturas. Tudo é um rosto de Deus. Respeita cada ser. O universo é a casa de Deus. Pisa a terra como se pisasse o céu. Nada é inútil, tudo é dom de Deus, tudo é amor de Deus.
Comunhão com o outro: todos são irmãos. Os pobres, doentes, e leprosos, são imagem de Cristo, que merecem todo o carinho. Não há maiores ou menores, não existem reis ou súditos. O ser humano vale mais que todas as coisas. Todo irmão merece ser servido.
Comunhão com Deus: Deus é Pai, Criador, Altíssimo, o Grande Outro, o Grande Tudo. Deus simplesmente é. E a criatura humana tem uma só posição diante dele, ajoelhar-se e adorar.
No testemunho de Francisco de Assis, em sua simplicidade, pobreza, comunhão e amor aos pobres, Hildegard encontrou grande inspiração e o escolheu também como padroeiro da Caridade Social.
Oração da Paz
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado
Compreender, que ser compreendido
Amar, que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna. Amém.
Glorioso São Francisco
Glorioso São Francisco,
Santo da simplicidade, do amor e da alegria.
que contemplais o céu como perfeições infinitas de Deus.
Lançai sobre nós o vosso olhar cheio de bondade.
Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e corporais.
Rogai ao nosso Pai e Criador que nos conceda as graças
que pedimos por vossa intercessão,
vós que sempre fostes tão amigo dele.
e inflamai o nosso coração de amor sempre maior
a Deus e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
São Francisco de Assis, Rogai por nós.
Amém.
Orações elaboradas por São Francisco. Oração diante do Crucifixo
Ó glorioso Deus Altíssimo, iluminai as trevas do meu coração, concedei-me uma fé verdadeira, uma esperança firme e um amor perfeito. Dai-me Senhor, o reto sentir e conhecer, a fim de que possa cumprir o sagrado encargo que na verdade acabais de dar-me. Amém.
(Segundo o testemunho de alguns manuscritos, bem antigos, São Francisco rezou esta oração no momento em que diante do Crucifixo de São Damião recebia o encargo: “Francisco, vai e reconstrói minha casa”.)
Cântico do Irmão Sol (ou Cântico das Criaturas)
Altíssimo, onipotente e bom Deus,
teus são o louvor, a glória, a honra
e toda benção.
Só a Ti, Altíssimo, são devidos,
e homem algum
é digno de Te mencionar.
Louvado, sejas meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas.
Especialmente o irmão sol,
que clareia o dia
e com sua luz nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor
de Ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas meu Senhor,
pela irmã lua e as estrelas,
que no céu formastes claras,
preciosas e belas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão vento,
pelo ar e neblina,
e de todo tempo
pelo qual às Tuas criaturas dais sustento.
Louvado sejas meu Senhor,
pela irmã agua,
que é humilde e muito útil
e preciosa e casta.
Louvado sejas meu Senhor,
pelo irmão fogo,
pelo qual iluminas a noite,
e ele é belo e jucundo
e vigoroso e forte.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a mãe terra,
que nos sustenta e nos governa,
e produz frutos diversos,
e coloridas flores e ervas.
Louvado sejas meu Senhor,
pelos que perdoam por teu amor
e suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
que por ti, coroados serão Altíssimo.
Louvado sejas meu Senhor,
pela nossa irmã a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
conforme a Tua Santíssima vontade,
porque a segunda morte não lhes fará mal.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
e dai-lhe graças
e servi-O com grande humildade.
Amém.
Oração ao Santíssimo
Onipotente, Santíssimo, Altíssimo e Soberano Deus,
que sois todo o bem, o sumo bem, a plenitude do bem,
nós vos tributamos todo o louvor, toda glória, toda a
a ação de graças, toda a exaltação, e todo o bem.
Assim seja.
Amém.